Quantas marcas uma pessoa vê por dia, quantas de fato enxerga, quais realmente fazem uma diferença positiva na vida dela? A competição por segundos preciosos do olhar dos consumidor é intensa, o espaço a ser conquistado em sua memória é criterioso e quase exclusivo.
Fazer parte da rotina e do coração das pessoas é uma conquista, por isso marcas que querem ser fortes não podem deixar de conversar com todos os sentidos dos consumidores (visão, audição, paladar, tato, olfato), gerar estímulos sob medida que ativam as células receptoras de um órgão sensorial, ele é bioquímico e neurológico. A percepção é a conscientização ou compreensão da informação sensorial, que quando alinhados a estratégia da marca aguça a percepção, ativa emoções.
Em 2003 o pesquisador Nicolas Guéguen testou o efeito de quatro cores de copos – vermelho, verde, amarelo e azul – no consumo de limonada fresca. Na pesquisa todas as limonadas iguais, as pessoas deveriam eleger a mais refrescante. A vencedora foi a do copo azul. Um teste claro de como estimular um sentido pode afetar percepção de outro.
Quando as marcas e os produtos trabalham de forma sensorial eles estimulam sensações e as pessoas se envolvem de maneira muito mais eficiente, emocional e duradoura. Todos os sentidos estão conectados, e em menos de 5 anos as marcas com mais resultado serão aquelas que usarem a neurociência aliada a estratégia e inteligência de consumo para posicionar seus negócios e produtos.
Referência: GUÉGUEN, N. The Effect of Glass Colour on the Evaluation of a Beverage’s Thirst-Quenching Quality – Em current psychology letters, 11 (2) 2003